O tema do colapso do Euro já deixou de ser uma fantasia de uns quantos lunáticos. Tal hipótese, deixou de ser ignorada pela equipa do Spiegel. E, hoje mesmo, o tema subiu também para a 1ª página do jornal Le Monde (edição impressa). Cumpre saudar o discernimento de alemães e franceses. Enterrar a cabeça na areia, não é de facto a solução.
Em Portugal, porém, o assunto continua a ser tabu. Por aqui, só se fala dos milhões em falta nas contas dos donos do "outlet". Compreende-se. A actual classe política, e não apenas o actual primeiro-ministro, parece ter jogado todo o seu destino no "euromilhões" dos "outlets".
Hoje, há quem proponha uma subscrição pública - uma "colecta" - para "limpar" a honra portuguesa (Medeiros Ferreira, no Correio da Manhã). Pode ser uma solução para o caso, e talvez mesmo a melhor solução. Mas, quando é que começa a colecta pública para salvar o Estado português da bancarrota?
É que ainda há aqui muitos portugueses que nunca tomaram qualquer decisão acerca dos milhões de "outlets" europeus em Portugal, e a quem não saiu nem vai sair o "euromilhões" para pagar os calotes do "Estado a que isto chegou".
Ter-me-ei transformado num lunático, ao preocupar-me com o calote das futuras gerações de portugueses?
Recuperar a dignidade da Política, continua a ser a nossa mais urgente necessidade.
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