LISBOA, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2005.
A Fundação «Ajuda à Igreja que Sofre» apresentou esta quinta-feira em Lisboa três novos livros sobre a temática dos mártires do século XX – Via Sacra com os Mártires do Século XX, Rezar com os Mártires do Século XX, O Rosário com os Mártires do Século XX.
A sessão de lançamento decorreu pela manhã na sede da Fundação, em Telheiras, na qual estiveram presentes os autores das referidas obras: a jornalista Aura Miguel e Didier Rance, presidente da Aide à l’Eglise en Detrésse, secção francesa da Ajuda à Igreja que Sofre.
Aura Miguel, jornalista que tem acompanhado o Papa João Paulo II ao longo do seu pontificado, foi a autora de Via Sacra com os Mártires do Século XX, uma Via Sacra em que cada estação é ilustrada por episódios de martírio que no último século ocorreram na Europa, em África, na Ásia e nos países islâmicos.
Na sua intervenção, a jornalista recordou os milhares de mártires que no último século perderam a vida pela sua fidelidade a Cristo e cujos exemplos de vida constituem um apelo à conversão e a um compromisso com a fé, como na máxima de Tertuliano: «o sangue dos mártires é semente de cristãos».
Aura Miguel destacou também que nos países onde os cristãos são perseguidos o compromisso com a fé tem, frequentemente, uma expressão maior que nos países ocidentais onde os cristãos são, muitas vezes, conformistas. A jornalista referiu-se ainda à terceira parte do segredo de Fátima, onde o martírio no século XX surge claramente expresso na mensagem de Nossa Senhora aos pastorinhos.
O autor dos outros dois livros (Rezar com os Mártires do Século XX e O Rosário com os Mártires do Século XX), Didier Rance investigou este tema e integrou a Comissão Pontifícia para os Novos Mártires, uma comissão criada pela Santa Sé para preparação do Grande Jubileu do Ano 2000. Didier Rance começou por referir precisamente que foi João Paulo II que em 1994 decidiu recuperar a memória dos mártires do século XX para o ano jubilar, um facto que causou, na altura, alguma surpresa na Europa.
O diácono e historiador francês criticou a conotação negativa que a palavra “mártir” tem na língua portuguesa e na francesa, recordando que o seu significado está mais relacionado com o “dar testemunho activo e não passivo” de Cristo ressuscitado.
«Como nos convidou João Paulo II, não nos detenhamos na sua morte violenta, mas observemos toda a sua vida e a oração na sua vida», apelou Didier Rance.
Em Ano da Eucaristia, a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre em cooperação com o Apostolado da Oração, decidiu editar 3 livros de promoção da oração com os mártires, temática que se integra no próprio carisma da Fundação, que se dedica a auxiliar a Igreja nos países onde é perseguida.
Estas edições dedicadas à memória dos mártires do século XX estão também inseridas no contexto da Nova Evangelização, promovendo o conhecimento mais aprofundado de figuras cristãs como Edite Stein, Monsenhor Óscar Romero, John Bradburne, Carlos de Foucauld, entre milhares de outros mártires e confessores da fé que perderam a vida no último século.
(fonte: www.zenit.org)
Sem comentários:
Enviar um comentário