terça-feira, março 11, 2008

Borrasca sobre la península Ibérica


(Fotografía del satélite Meteosat para la Agencia Estatal de Meteorología en la que se aprecia una borrasca sobre la península Ibérica.- EFE - 10-03-2008 )

O mapa eleitoral de Espanha continua a revelar-se centrífugo e refém do terrorismo.

O pacto de Tinell, afinal, favoreceu o PSOE, que conseguiu captar calor nas águas do nacionalismo catalão e da “extrema-esquerda” parlamentar.

O PP não conseguiu captar calor suficiente no centro ideológico, captando-o apenas no centro geográfico, em Madrid e na Comunidade Valenciana.

Em Espanha, chamam-lhe um "tsunami bipartidário". Visto de Portugal, o fenómeno parece ser mais atmosférico e envolvendo toda a Península. E logo agora que a sobrevivência da Espanha, e de Portugal, impunha aqui ao lado um sistema político que fosse capaz de gerar um pacto de regime entre o PSOE e o PP.

Será que a Península vai vencer esta borrasca?

Ontem, no programa "prós e contras" da RTP, gostei de ouvir José Adelino Maltez defender a restauração da República e da Instituição Real em Portugal.

Sim, restaurar a República e a Instituição Real em Portugal, colocando no trono o Duque de Bragança, daria um renovado impulso à lusofonia, ao mesmo tempo que desatava o nó da desagregação da Espanha, projectando-a a ela também com segurança na hispanidade.

Portugal e Espanha voltam hoje a ser partes igualmente interessadas no Atlântico, e tanto a Espanha precisa da Instituição real em Portugal, como Portugal precisa da Instituição real em Espanha.

Será que ainda vamos a tempo de recuperar o paralelismo de Quinhentos?

É nestas alturas que consola ler J. M. Carrascal assegurando que "la vida tiene más imaginación que todos nosotros juntos".

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