quarta-feira, março 16, 2005

«O Código Da Vinci»... histórias sem História

Cardeal de Génova promove debate sobre O Código Da Vinci

O Cardeal Tarcisio Bertone, arcebispo de Génova, promove hoje um encontro-debate sobre o livro “O Código Da Vinci”, best-seller de Dan Brown.

A iniciativa, intitulada “O Código Da Vinci... histórias sem História”, é organizada pelo Departamento para a Cultura e a Universidade da arquidiocese de Génova com a participação de Massimo Introvigne, fundador e director do Centro de Estudos sobre as Novas Religiões (CESNUR). O Cardeal Tarcisio Bertone revelou ao periódico italiano “Il Giornale” estar “atónito e preocupado” por “tantas pessoas acreditarem nas mentiras” do romance.

Para o Cardeal, esta obra mostra que o “anti-catolicismo é o último dos preconceitos que a sociedade admite livremente”. Em entrevista à Rádio Vaticano, o arcebispo de Génova lamenta que “circule uma ideia nas escolas de que só consegue perceber as dinâmicas da História e todas as manipulações nela efectuadas pela Igreja quem ler este livro”.

Massimo Introvigne referiu à agência Zenit que “é necessário desmentir os enormes erros históricos do livro, pois, ainda que seja uma novela, contém uma página sobre informações históricas na qual afirma que ‘todas as descrições’ de documentos e ritos secretos contidos nesta novela reflectem a realidade”.

O “Código Da Vinci” dá a entender, entre outras coisas, que o Opus Dei é uma “seita que entrou em conflito com a Igreja pois conheceria a verdade sobre o Priorado de Sião”. Introvigne recorda que o Opus Dei, “onde entre outras coisas não há ‘monges’, ao contrário do que pensa Dan Brown”, “é uma instituição que está canonicamente aprovada e louvada pela Igreja Católica, e o seu fundador, S. Josemaría Escriva (1902-1975), foi canonizado pelo Papa em 2002”.

Introvigne explica o enorme êxito de vendas de “O Código Da Vinci” ao constatar que “une dois tipos de modas muito difundidas: a dos complôs e sociedades secretas que dominariam o mundo e a de um anti-catolicismo cada vez mais claro e virulento”.

fonte: ecclesia

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