Uma das visões mais fecundas e promissoras de António Sardinha foi sem dúvida a da Aliança Peninsular.
Para se poder realizar tal Aliança, colocava no entanto António Sardinha como condição imprescindível a existência de dois Estados fortes na Península. Não apenas de um, mas de dois Estados fortalecidos pela Monarquia.
Com a Monarquia, o Estado português não apenas ficaria mais fortalecido perante o perigo de uma absorção espanhola, como lhe daria acrescida capacidade para se projectar no Atlântico; com a Monarquia em Espanha, o Estado espanhol manter-se-ia unido e em condições de se projectar também no Atlântico (como aliás se tem verificado desde a Restauração da Monarquia).
Porquê é que são indispensáveis duas Monarquias para que os Estados peninsulares se possam projectar de forma profícua e duradoura no Atlântico? Porque só através das Instituições Reais de Portugal e de Espanha, instituições nacionais por excelência, ao abrigo das disputas político-partidárias, é possível irmanar num projecto comum os povos de língua portuguesa e espanhola.
Cumpre-nos restaurar quanto antes a Instituição Real na Chefia do Estado. Enquanto a União Europeia faz hoje a dificil digestão do lauto repasto do Leste, é chegada a hora de portugueses e espanhóis se lançarem numa nova empresa espiritual capaz de dar lugar a uma nova idade do Mundo.
Vem aqui à tona o fecundo paralelismo do período áureo vivido pelas duas monarquias peninsulares na primeira metade do século XVI. A existência de duas monarquias volta a ser hoje uma condição imprescindível à projecção atlântica dos dois Estados peninsulares.
Como introdução ao tema, o espaço Unica Semper Avis, acaba de editar um texto de António Sardinha, escrito em 1920, intitulado "Meditação de Aljubarrota".
Eis os excertos em destaque:
"De dois acontecimentos deriva a civilização moderna em todo o seu alto significado construtivo: do Cristianismo e das Descobertas. Os Descobrimentos deslocaram o eixo da cultura humana dum mar interior - o Mediterrâneo - para a bacia imensa do Atlântico. Esse esforço sem igual, que fez filhas de Portugal as idades vindouras do Mundo, não seria possível sem Aljubarrota.
"E porquê? Porque, unido Portugal com Castela, ou Castela seguia o pendor da vertente Atlântica e abalava connosco ao domínio do Mar, deixando pelas espaldas o Aragão, a política do Mediterrâneo e com ela o pesadelo do Turco e do Luteranismo, ameaçando dentro de século e meio a ordem cristã na Europa - e a epopeia ultramarina da Península resultaria incompleta, deficiente e mesmo estéril; ou então, cedendo ao impulso da vertente mediterrânica, o atalaiado reino da meseta volver-se-ia unicamente para os problemas do continente, incapacitando Portugal, anexado e amordaçado, de chegar até onde chegou a dilatação da Fé e do Império.
(...)
"A hegemonia de Castela na Península, como Estado interior, duraria enquanto durasse a Reconquista. Para lhe resistir à tendência absorvente, o Aragão procuraria na Itália e no domínio do Mediterrâneo tanto ocidental como oriental, o seu eixo de apoio.
"Outro tanto sucederia ao nosso país, evitando a consolidação do bloco castelhano (...)
"...passada a Reconquista, Castela, como uma grande nau balanceando, teria que escolher um dos dois caminhos marítimos: o do Mediterrâneo, ou o do Atlântico, para que não se sufocasse na sua clausura.
(...)
"...é preciso amar a Castela, porque Castela é, como Portugal, o pelicano sangrando!
"Se nós tivessemos triunfado em Toro, isso equivaleria a perdermos Aljubarrota.
"Deus reservava-nos a cruzada do Mar, como reservava para Castela a cruzada da Terra.
(...)
"É desde então que o Tosão-de-Oiro circunda o escudo da Espanha unificada. E o que é o Tosão-de-Oiro senão o enlace simbólico da Casa de Borgonha com a dinastia que se fundou em Aljubarrota e que cavou para sempre, como individualidades políticas autónomas, a separação de Portugal e de Castela?!"
http://www.lusitana.org/il_as_1920_medita_aljubarrota
Nos liberi sumus; Rex noster liber est, manus nostrae nos liberverunt... [Nós somos livres; nosso Rei é livre, nossas mãos nos libertaram...]
sexta-feira, fevereiro 29, 2008
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
Santo Agostinho definiu «verdadeira laicidade»
A «verdadeira laicidade» é um conceito antigo que já havia sido definido por Santo Agostinho, recorda Bento XVI, ao declarar a diferença entre a esfera política e a esfera da fé.
Joseph Ratzinger, que dedicou ao teólogo e filósofo do norte da África sua tese doutoral, dedicou a quarta das audiências gerais a este «padre da Igreja que deixou o maior número de obras», algumas delas «de importância capital, e não só para a história do cristianismo, mas também para a formação de toda a cultura ocidental».
Entre outras, o pontífice recordou «De civitate Dei» [A Cidade de Deus], «obra imponente e decisiva para o desenvolvimento do pensamento político ocidental e para a teologia cristã da história, foi escrita entre os anos 413 e 426, em 22 livros».
A ocasião de sua redação foi o saque de Roma por parte dos godos no ano 410. Ante a queda de Roma, alguns pagãos punham em dúvida a grandeza do Deus cristão, que parecia incapaz de defender a cidade.
«A esta objeção, que também tocava profundamente o coração dos cristãos, Santo Agostinho responde com esta grandiosa obra, ‘De civitate Dei’, declarando o que deveriam esperar de Deus e o que não podiam esperar d’Ele, qual é a relação entre a esfera política e a esfera da fé, da Igreja.»
«Ainda hoje este livro é uma fonte para definir bem a autêntica laicidade e a competência da Igreja, a grande esperança que nos dá a fé», declarou.
Como vem explicando Bento XVI em seu pontificado, a laicidade não significa repressão da liberdade religiosa (isso seria mais o laicismo), mas a garantia para que os crentes das diferentes religiões possam exercer seus direitos fundamentais.
Como o Papa explicou, esta obra de Agostinho de Hipona se baseia em uma interpretação fundamental de história, «a luta entre dois amores: o amor próprio, ‘até chegar ao menosprezo de Deus’ e o amor a Deus, ‘até chegar ao desprezo de si mesmo’».
O Papa repassou outros dos escritos que deixou o santo africano, um dos autores mais prolíferos da história (depois de sua morte se contabilizaram ao menos 1.300 escritos, ainda que se considera que escreveu entre 3.000 e 4.000 homilias).
Como é lógico, comentou seu livro mais publicado, as «Confissões», autobiografia na qual «a própria miséria à luz de Deus se converte em louvor de Deus e em ação de graças, pois Deus nos ama e nos aceita, transforma-nos e nos eleva para si mesmo».
«Graças às ‘Confissões’, podemos acompanhar, passo a passo, o caminho interior desse homem extraordinário e apaixonado por Deus», declarou o Papa.
Citando o amigo e biógrafo de Agostinho, o Papa concluiu explicando que o grande santo e teólogo está «sempre vivo» em suas obras.
«Está realmente vivo em seus escritos; está presente em nós e deste modo vemos também a permanente vitalidade da fé pela qual ele entregou toda a sua vida», concluiu.
As considerações de Bento XVI sobre Santo Agostinho, nas quais não deixou de confessar sua admiração por este pensador, fazem parte da série de catequeses que está oferecendo sobre as grandes figuras dos inícios da Igreja.
(Fonte: Zenit.org)
Joseph Ratzinger, que dedicou ao teólogo e filósofo do norte da África sua tese doutoral, dedicou a quarta das audiências gerais a este «padre da Igreja que deixou o maior número de obras», algumas delas «de importância capital, e não só para a história do cristianismo, mas também para a formação de toda a cultura ocidental».
Entre outras, o pontífice recordou «De civitate Dei» [A Cidade de Deus], «obra imponente e decisiva para o desenvolvimento do pensamento político ocidental e para a teologia cristã da história, foi escrita entre os anos 413 e 426, em 22 livros».
A ocasião de sua redação foi o saque de Roma por parte dos godos no ano 410. Ante a queda de Roma, alguns pagãos punham em dúvida a grandeza do Deus cristão, que parecia incapaz de defender a cidade.
«A esta objeção, que também tocava profundamente o coração dos cristãos, Santo Agostinho responde com esta grandiosa obra, ‘De civitate Dei’, declarando o que deveriam esperar de Deus e o que não podiam esperar d’Ele, qual é a relação entre a esfera política e a esfera da fé, da Igreja.»
«Ainda hoje este livro é uma fonte para definir bem a autêntica laicidade e a competência da Igreja, a grande esperança que nos dá a fé», declarou.
Como vem explicando Bento XVI em seu pontificado, a laicidade não significa repressão da liberdade religiosa (isso seria mais o laicismo), mas a garantia para que os crentes das diferentes religiões possam exercer seus direitos fundamentais.
Como o Papa explicou, esta obra de Agostinho de Hipona se baseia em uma interpretação fundamental de história, «a luta entre dois amores: o amor próprio, ‘até chegar ao menosprezo de Deus’ e o amor a Deus, ‘até chegar ao desprezo de si mesmo’».
O Papa repassou outros dos escritos que deixou o santo africano, um dos autores mais prolíferos da história (depois de sua morte se contabilizaram ao menos 1.300 escritos, ainda que se considera que escreveu entre 3.000 e 4.000 homilias).
Como é lógico, comentou seu livro mais publicado, as «Confissões», autobiografia na qual «a própria miséria à luz de Deus se converte em louvor de Deus e em ação de graças, pois Deus nos ama e nos aceita, transforma-nos e nos eleva para si mesmo».
«Graças às ‘Confissões’, podemos acompanhar, passo a passo, o caminho interior desse homem extraordinário e apaixonado por Deus», declarou o Papa.
Citando o amigo e biógrafo de Agostinho, o Papa concluiu explicando que o grande santo e teólogo está «sempre vivo» em suas obras.
«Está realmente vivo em seus escritos; está presente em nós e deste modo vemos também a permanente vitalidade da fé pela qual ele entregou toda a sua vida», concluiu.
As considerações de Bento XVI sobre Santo Agostinho, nas quais não deixou de confessar sua admiração por este pensador, fazem parte da série de catequeses que está oferecendo sobre as grandes figuras dos inícios da Igreja.
(Fonte: Zenit.org)
domingo, fevereiro 24, 2008
General Lewis Mackenzie e o Kosovo
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General Lewis Mackenzie,
Kosovo
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Espanha é diferente...?
Dentro de poucos dias, precisamente no dia 9 do mês de Março,
Espanha vai de novo a votos. Os seus Bispos,
numa Nota (30.01.2008) que merece leitura integral,
recordam as palavras do Papa:
«É necessário enfrentar, com determinação e clareza de intenções, o risco de opções políticas e legislativas que contradizem valores fundamentais e princípios antropológicos e éticos radicados na natureza do ser humano, de modo particular no que se refere à tutela da vida humana em todas as suas fases, desde a concepção até à morte natural, e à promoção da família fundada no matrimónio, evitando introduzir no ordenamento público outras formas de união que contribuiriam para a destabilizar, obscurecendo o seu carácter peculiar e o seu papel social insubstituível.» (Verona, 19.10.2006.)
Sentem ainda necessidade de apelar: a que seja respeitado o direito dos pais a educar os seus filhos de acordo com as suas convicções religiosas e morais; a que a própria Igreja seja respeitada e lhe seja reconhecido o direito a evangelizar na vida pública,
a propor livremente à comunidade a sua visão das coisas.
Qualquer observador atento sabe como,
especialmente nos últimos tempos,
e especialmente aqui ao nosso lado, em Espanha,
têm sido violentamente atacadas
a Vida humana, a Família, a Liberdade, a Igreja.
Portugal é diferente...?
Não dispomos, talvez, da mesma capacidade de resistência.
Qualquer Português consciente sabe como certos ventos de Espanha
não tardam em tornar-se fortes ameaças para Portugal.
Portugal é diferente.
Espanha não nos é indiferente.
Até 9 de Março, recordemos diariamente a Igreja de Espanha.
E rezemos por todo o Povo Espanhol, para que saiba escolher.
Quando receber esta mensagem, reze um Pai-Nosso ou uma Avé-Maria.
Na Santa Missa e no Terço, tenha presente esta intenção.
Por favor, passe a palavra.
domingo, fevereiro 17, 2008
Que energias para o nosso futuro?
por Dom Duarte de Bragança
Há a impressão generalizada que o problema dos recursos energéticos é tratado de modo pouco coerente com o interesse nacional .
Desistimos de acabar a barragem de Foz Côa, com a louvável preocupação de salvar as gravuras? Ou terá sido por motivos político-eleitorais? Poderiam deslocar as principais gravuras e cobrir as outras com uma camada protectora. Quando no futuro essa fonte de energia for dispensável, a barragem poderia ser esvaziada e as gravuras expostas, se tal for o desejo dos portugueses dessa época...
Quanto à “opção nuclear”, deveria ser abordada não de modo emocional, mas após um amplo debate científico, considerando a experiência dos países mais avançados e as inovações tecnológicas que tornaram as centrais mais seguras, apesar de não terem resolvido todos os problemas. Por essa opção de lado por ser incómoda, não é inteligente.
O gás natural nos automóveis é menos poluente e mais vantajoso? Pois não somos encorajados nesse sentido, as bombas são difíceis de encontrar e os estacionamentos discriminam os seus utilizadores, por motivos discutíveis...
Nas regiões rurais seria fácil e barato produzir o gás metano através da fermentação de resíduos agrícolas e florestais, tanto de modo artesanal como industrial, mas não tem havido encorajamentos nesse sentido, pelo contrário…
Em todo o caso para os automóveis a melhor solução parece ser a dos motores eléctricos, mas não recebem qualquer apoio fiscal que os torne mais baratos .
Quanto à electricidade eólica a situação é pouca clara. Ela é paga em Portugal de uma forma exageradamente favorável às empresas e fica muito cara. Até pode ser uma boa solução, se cuidarmos da defesa de algumas das nossas paisagens.
A produção da matéria-prima para os "biocombustíveis" vai competir com a produção de alimentos, levando à escassez destes e ao aumento da fome no Mundo, e o seu uso produz a mesma quantidade de CO2 que a gasolina.
A médio prazo a solução preferível seria melhorar a eficiência energética.
Nos transportes os mais eficientes são claramente os navios e os comboios.
Mas por cá encorajamos o transporte rodoviário e individual, dando sempre prioridade às auto-estradas antes de melhorar os transportes ferroviários.
Segundo o Professor Delgado Domingos, do Partido da Terra, vivemos acima das nossas possibilidades.
Gastamos, por habitante , apenas menos 10% de energia que no Reino da Dinamarca, mas consumimos cerca do dobro da energia para produzir a mesma unidade de riqueza.
Graças à U.E. vemos alguns encorajamentos para que a indústria economize, mas a construção civil moderna pouco se preocupa com isso e depende cada vez mais do ar condicionado altamente consumidor de energia.
Temos que nos preparar para as alterações climáticas que virão em breve . Precisamos de uma “revolução cultural“ para que o bem comum, a “respública“, possa passar à frente dos interesses privados. Essa mudança de atitudes terá que partir dos portugueses mais lúcidos e interessados no nosso futuro colectivo !
Dom Duarte de Bragança
(escrito para o próximo número da revista Magazine)
Há a impressão generalizada que o problema dos recursos energéticos é tratado de modo pouco coerente com o interesse nacional .
Desistimos de acabar a barragem de Foz Côa, com a louvável preocupação de salvar as gravuras? Ou terá sido por motivos político-eleitorais? Poderiam deslocar as principais gravuras e cobrir as outras com uma camada protectora. Quando no futuro essa fonte de energia for dispensável, a barragem poderia ser esvaziada e as gravuras expostas, se tal for o desejo dos portugueses dessa época...
Quanto à “opção nuclear”, deveria ser abordada não de modo emocional, mas após um amplo debate científico, considerando a experiência dos países mais avançados e as inovações tecnológicas que tornaram as centrais mais seguras, apesar de não terem resolvido todos os problemas. Por essa opção de lado por ser incómoda, não é inteligente.
O gás natural nos automóveis é menos poluente e mais vantajoso? Pois não somos encorajados nesse sentido, as bombas são difíceis de encontrar e os estacionamentos discriminam os seus utilizadores, por motivos discutíveis...
Nas regiões rurais seria fácil e barato produzir o gás metano através da fermentação de resíduos agrícolas e florestais, tanto de modo artesanal como industrial, mas não tem havido encorajamentos nesse sentido, pelo contrário…
Em todo o caso para os automóveis a melhor solução parece ser a dos motores eléctricos, mas não recebem qualquer apoio fiscal que os torne mais baratos .
Quanto à electricidade eólica a situação é pouca clara. Ela é paga em Portugal de uma forma exageradamente favorável às empresas e fica muito cara. Até pode ser uma boa solução, se cuidarmos da defesa de algumas das nossas paisagens.
A produção da matéria-prima para os "biocombustíveis" vai competir com a produção de alimentos, levando à escassez destes e ao aumento da fome no Mundo, e o seu uso produz a mesma quantidade de CO2 que a gasolina.
A médio prazo a solução preferível seria melhorar a eficiência energética.
Nos transportes os mais eficientes são claramente os navios e os comboios.
Mas por cá encorajamos o transporte rodoviário e individual, dando sempre prioridade às auto-estradas antes de melhorar os transportes ferroviários.
Segundo o Professor Delgado Domingos, do Partido da Terra, vivemos acima das nossas possibilidades.
Gastamos, por habitante , apenas menos 10% de energia que no Reino da Dinamarca, mas consumimos cerca do dobro da energia para produzir a mesma unidade de riqueza.
Graças à U.E. vemos alguns encorajamentos para que a indústria economize, mas a construção civil moderna pouco se preocupa com isso e depende cada vez mais do ar condicionado altamente consumidor de energia.
Temos que nos preparar para as alterações climáticas que virão em breve . Precisamos de uma “revolução cultural“ para que o bem comum, a “respública“, possa passar à frente dos interesses privados. Essa mudança de atitudes terá que partir dos portugueses mais lúcidos e interessados no nosso futuro colectivo !
Dom Duarte de Bragança
(escrito para o próximo número da revista Magazine)
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Relembrando um texto de Augusto Ferreira do Amaral
A respeito do livro recém publicado sob o título «O usurpador», aconselhamos a releitura do texto de Augusto Ferreira do Amaral "Dom Duarte é o sucessor dos Reis de Portugal", aqui pela primeira vez publicado em Junho de 2007, depois transcrito em Unica semper avis.
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